Vamos lá, para esclarecer, o texto não é de minha autoria (é da Fernanda do blog Endless Poem, ela é estudante de psicologia em universidade federal, tem 22 anos e escreve muito bem). Bom, para publicar aqui não posso colocar exatamente a mesma definição dela, por isso editei e dividi o texto pra não ficar muito extenso em uma postagem só. Se gostar do texto, visite o blog dela e veja a versão Fernanda. Então, vamos começar a leitura com versão Aprendendo Curiosamente!!!
Sei, não adianta a gente se apresentar por nossas qualidades. Quando a gente escreve um texto, é mais ou menos isso que queremos fazer. Queremos convencer ao outro, seduzir o outro, chama-lo pra dentro da gente com algumas linhas e uma frase de impacto. E para isso, como a gente seduz um namorado novo, precisamos nos arrumar, nos maquiar, nos enfeitar para chamar a atenção. Antes que sejamos julgados por aí por tudo aquilo que odiamos.
Cá entre nós, quem é que gosta de julgamentos?! Mas a verdade é que por mais que você se diga não preconceituoso –e por mais que você corte suas raízes preconceituosas (sempre bom fazer isso de tempos em tempos, sabem?), –por mais que digamos que não julgamos: a gente julga assim. O livro por sua capa. O produto por sua embalagem. O texto por seu português. E eu, confesso, a beleza por um sorriso. A gente aponta mesmo sabendo que odiamos quando apontam pra gente. E criticamos mesmo sabendo que tem três dedos voltados pra gente. Criticamos a dor do outro por achar que ela nunca é grande demais, sem saber até onde o outro se deixou doer até pedir socorro. Pensamos que eles são realmente mais felizes que a gente.
Será que são?
Achar que a grama do vizinho é mais bonita do que a nossa talvez seja a nossa primeira grande falha. De longe, quase tudo é bonito. Propaganda de margarina faz sucesso –na televisão –Eu, particularmente, odiaria viver aquilo to-dos-os-di-as. Se nos preocupássemos em cuidar do que trazemos no peito, a grama do vizinho não nos incomodaria: estaríamos bonitos e felizes o suficiente pra não nos importamos com os outros. Gente feliz não enche o saco, né? Acontece, caros e caras, que julgar a dor do outro pela dor da gente é errado: cada um sofre de maneira diferente. Cada um reage a alguma coisa de maneira diferente. Cada um encara a vida de maneira diferente. Tem gente que chora toda vez que cai, tem gente que levanta e se limpa correndo com vergonha e com medo de que alguém tenha visto a queda, tem gente que deixa se doer sem desespero ou pressa (minhas pessoas preferidas, diga-se de passagem), e tem gente que mesmo no chão consegue sorrir e seguir em frente –raras, essas, que conseguem ver alegria até nas maiores desgraças.
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